quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Ecologia e entraves econômicos!

Muitos ainda não tem uma consciência sobre a urgência de uma mudança de atitude em relação à natureza e ao planeta. Quem sabe por acreditarem que esta preocupação com a ecologia e o meio ambiente seja meramente um modismo ou tema de discussão de pessoas que não tem muito o que fazer. O fato é que estas discussões vem ganhando espaço e adeptos. Pessoalmente acredito que o planeta de sinais de fadiga. Fato esse que nos afeta diretamente. Em resposta a poluição do ar que lança cada dia mais fumaça e particulas sólidas em suspensão, a natureza, não como vingança, mas sim como um modo de se restaurar lança chuvas intensas e que atormentam o bom andamente das atividades das metrópoles, gerando congestionamentos e, com isso o lançamento de mais poluentes na atmosfera, provocando um cabo de guerra onde saimos todos como perdedores.

Alguns já promoveram mudanças em sua atividade diária, sobretudo no que tange às práticas de reciclagem ou economia de agua. Cada dia mais é frequente que pessoas encontrem os coloridos cestos de reciclagem em seu caminho e os busquem de modo recorrente para descartar seu material. O próximo passo acreditamos que alguém vai dar conta, ou seja, que alguénm vai recolher este material e oferecer um fim adequado e limpo, livrando a natureza de montanhas de lixo que lerariam séculos para desaparecer. Compramos aquele shampoo biodegradavel, mas somente se após o uso o cabelo ficar bem ajeitado, caso contrário retornamos para o antigo. Ficamos em dúvida sobre o que fazer com o papel da bala! Por fora plástico, por dentro um tipo de alumínio, o que fazer? Onde jogar? E aquele papel alumínio que colocamos em volta da carne pasa assar de modo igual. Este é reciclável?

Reciclagem é realmente importante, contudo, haveria ainda espaço para abandonarmos a idéia do descartável? Hoje parece que com a produção em escala o comercio não mais se regula naturalmente pela oferta e demanda, mas sim pelo paradigma do descartável. A rapidez da vida urbana nos exige que tenhamos sempre ao alcance das mãos alguma comida em porções ideais, em embalagens descartáveis e que toleram o aquecimento em forno de microondas e que produzem para lavar, apos a refeição, quando muito um ou dois pratos e um ou dois jogos de talheres o resto é lixo, na certa.

Além dos alimentos outros tantos tipos de produtos seguem o mesmo modelo, quer isso se trate de sua real durabilidade ou, tão somente, pela moda. Produtos que compramos agora, ou quebram em no máximo um ano, ou caem de moda suplantado por outros com tecnologia mais moderna, design mais avançado, modelos mais elegantes. O durável caiu em desuso. Ninguém aguenta mais olhar para o mesmo sofá por mais de tres anos. O ciclo de vida de uma peça de roupa é curto. Companhias seguradoras sequer fazem seguros de carros com mais de 10 anos. Precisamos de outro! Até imóveis tem um tempo de durabilidade. Se o imóvel que estamos procurando serve bem às nossas necessidade, mas não tem o tal do “terraço gourmet”, não serve e precisa vir abaixo, sob o sério risco de abandono ou pior: desvalorização. E quando em determinados momentos a indústria ou o comercio sofrem com um pontual desabastecimento, não nos espantamos de que um certo ágio seja cobrado para a aquisição do produto em falta.

Grandes metrópoles sofrem sem espaços arborizados, mas como ocupar o espaço urbano? A competição é desleal! O mesmo terreno que poderia ser ocupado por uma porção de inúteis árvores é disputado a preços elevados por especuladores imobiliários que querem muito mais ver neste espaço um condomínio residencial ou um pequeno shopping estrategicamente localizado. Àrvores não geram empregos, não dão lucro, não giram a economia e ainda geram uma sujeira lascada com suas folhas, quando não alguns pequenos frutos que quando caem sobre a pintura perolizada de nossos carros, mancham-na e a cristalização de pintura está custando os olhos da cara!

O fato é que o paradigma do capipital e do lucro promovem uma desacertada inversão de valores e acabamos prescindindo de uma prática correta se ela der prejuizo. Tempos atras ocorreu uma onda de reclamações com a criação de uma tal taxa do lixo. Não fosse esta um claro expediente de engordar os cofres do governo para que este promovesse mais e mais obras de cunho eleitoreiro e seria eu seu mais ferrenho defensor. È preciso dar destino correto para nosso lixo e isso no modelo econômico atual custa dinheiro e olhe que não é pouco.

Muitos de nós conhecem a urgência de uma mudança de atitude, mas quantos estariam verdadeiramente dispostos a ações em prol de um mundo sustentável se para tal tivesse de arcar com sonoros prejuizos ou sacrificios? Quantos de nós estaria realmente disposto a pagar bem mais caro em um carro com motor ecologicamente correto? Quantos de nos estaria disposto a abrir mão do descartavel e ter de lavar mais louças e mais panelas? Quantos iriam encarar o mesmo sofa por mais de três anos sem entrar em desespero? Suportar uma temperatura elevada sem recorrer ao ar refrigerado? Por cálculos que não são meus: “somente o mundo em desenvolvimento precisará de mais de US$ 100 bilhões de dólares por ano até 2030”, para investir em um planeta viável. Ecologia pode custar caro, do ponto de vista econômico, mas sob este mesmo ponto de vista ficaria baratinho, baratinho, ou melhor não precisariamos gastar um centavo a mais do nosso orçamento para inviabilizar a vida no planeta. Resta-nos fazer nossa escolha: persistir em um dilema econômico ou mudar nossa relação com o planeta e abandonar a mediação econômica que temos com ele. Mudar o paradigma econômico por outro, fraternal. Facil é criticar os que derrubam árvores centenárias na Amazõnia, mas que alternativa econômica tem estes pobres coitados senão submeter-se aos mandos de um lobby de consumidores de madeira aliados a pecuaristas sedentos de espaço para o livre trânsito de sua preciosa matéria prima para os churrascos de fim de semana?












http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/08/31/onu+pede+acao+urgente+contra+mudanca+climatica+8191911.html



ONU pede ação urgente contra mudança climática
31/08 - 20:41 - Reuters
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LONGYEARBYEN - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu na segunda-feira que os líderes mundiais tomem medidas urgentes contra o aquecimento, pelo bem "do futuro da humanidade".
Em visita a Svalbard, arquipélago norueguês no Ártico, Ban disse que essa região pode não ter mais gelo dentro de 30 anos, caso a atual tendência climática persista.Ele tenta promover um acordo acerca de um novo tratado climático global, a ser definido na cúpula de dezembro em Copenhague. O atual tratado, chamado Protocolo de Kyoto, expira em 2012."Gostaria de chamar a atenção do mundo para a ação urgente a ser tomada em Copenhague. Não temos muito tempo a perder", disse Ban a jornalistas, a bordo de um navio da Guarda-Costeira norueguesa.Ban disse esperar que os líderes "concordem com um acordo global que seja abrangente, equitativo e equilibrado para o futuro da humanidade e o futuro do planeta Terra."O objetivo da cúpula de Copenhague é estabelecer limites rígidos para emissões de gases do efeito estufa e um mecanismo para a transferência aos países pobres de tecnologias destinadas a reduzir tais emissões.Ban disse que o gelo do Ártico está desaparecendo a um ritmo mais acelerado do que as geleiras de outras partes do mundo, acabando rapidamente com a camada branca que reflete o calor e evita que as regiões polares absorvam ainda mais calor do sol, o que por sua vez acelera ainda mais o aquecimento."As calotas de gelo polares são o refrigerador do mundo, ajudando-nos a nos manter frescos por refletirem tanto calor", disse à Reuters o ambientalista Lars Haltbrekker, diretor da entidade Friends of the Earth Norway."Alguns cientistas acreditam que já estamos em um ponto de virada, no qual até 2050 a concentração dos gases humanos (do efeito estufa) já presentes na atmosfera irão derreter o gelo do mar Ártico durante o verão."No verão boreal de 2007, a área coberta por gelo no Ártico atingiu o menor nível já registrado. Houve uma ligeira recuperação no ano passado, e neste ano deve ocorrer o terceiro menor nível da história, segundo cientistas.Se o clima permitir, na terça-feira Ban irá visitar um navio de pesquisas que analisa o gelo polar do Ártico ao norte de Svalbard.




Faltam recursos para conter mudança climática, diz texto do G20
04/09 - 12:11 - Redação com agências internacionais
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LONDRES - O mundo precisa "urgente e substancialmente" levantar fundos para combater as mudanças climáticas, disse um esboço de documento preparado para uma reunião de ministros financeiros de todo o mundo, que ocorre em Londres nesta sexta e sábado.
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O grupo do G20 evitou fazer estimativas em dólar, citando em vez disso um estudo do Banco Mundial segundo o qual somente o mundo em desenvolvimento precisará de mais de US$ 100 bilhões de dólares por ano até 2030.
O presidente dos EUA Barack Obama disse em julho que os ministros das Finanças devem apresentar relatórios sobre recursos para o clima na cúpula do G20 marcada para 24 e 25 de setembro em Pittsburgh, suscitando expectativas de avanços esta semana em Londres.
Os recursos para enfrentar as mudanças climáticas se dividem entre os necessários para reduzir as emissões dos gases estufa que alimentam o problema, e, de outro lado, aqueles necessários para preparar o mundo para enfrentar mais secas, enchentes e elevação dos mares. Os dois tipos são conhecidos respectivamente como mitigação e adaptação.
"Existe um grande abismo financeiro entre as necessidades projetadas e as fontes atuais de recursos," disse o documento provisório de 6 páginas ao qual a agência Reuters teve acesso na sexta-feira.
"Os recursos para a mitigação e a adaptação terão que ser aumentados urgente e substancialmente e devem mobilizar recursos para ajudar os países em desenvolvimento a tomar medidas, começando no curto prazo."
O relatório, não datado mas redigido após a cúpula do G8 em julho na Itália, foi mais específico em relação às opções para o setor privado. Isso pode desagradar a alguns países em desenvolvimento e grupos ambientalistas, que querem comprometimentos inequívocos dos governos para ajudar os países em desenvolvimento.
O relatório é favorável, por exemplo, aos mercados de carbono como possível fonte de recursos do setor privado, citando uma estimativa do Tesouro australiano segundo a qual o mundo desenvolvido poderia gastar US$ 80 a US$ 160 bilhões até 2020 com a redução de emissões em países em desenvolvimento, com isso ganhando o direito de poluir em seus próprios países.
A reunião do G20 faz parte de um calendário lotado de encontros que visam impulsionar as negociações da ONU para chegar a um novo tratado climático global em Copenhague em dezembro.
Com relação às finanças públicas, o documento levantou perguntas sobre como a conta climática deve ser dividida, por exemplo se países em desenvolvimento que crescem mais rapidamente também devem pagar, e se os compromissos ao nível de países devem ser decididos segundo critérios de riqueza nacional, emissões de carbono ou outros.
O relatório não mencionou que organismo global deve alocar o dinheiro. O nível de financiamento e sua alocação são questões complicadas nas conversações de Copenhague, em que os países em desenvolvimento pedem mais voz para determinar como são gastas as contribuições dos países ricos.

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